domingo, 3 de novembro de 2013

O Convite ao Jogo dos Tronos


Segundo Encontro, dia 02/11/13.




O Retorno sem o Lorde e a Famigerada Carta dos Bolton

As Tropas dos Grifos retornaram lideradas por Edric Kasimir. A morte de Lorde Frank Kasimir logo se espalhou pelas terras e se oficializou o que já acontecia: Lady Angelina assumiu a liderança da Casa, que era o que já fazia com Mão-de-Ferro.
A fúria de Edric expressou o pensamento das tropas que combateram na Guerra dos Cinco Reis: fomos traídos!
Em meio à desolação da morte de Lorde Frank, os Grifos recebem um mensageiro pessoal da Casa Bolton e sua mensagem.
O acesso de indignação e ódio pela carta faz com que Edric mate o mensageiro no meio do Salão e declare Guerra contra os Bolton.
Lady Angelina reflete por outro meio de guerra no momento, aconselhada por seu fiel guardião, Herzog. Ela decide jogar o Jogo dos Tronos. E o primeiro movimento será O Casamento da Montanha do Grifo.
Lady Angelina envia Herzog em missão especial para o Forte do Pavor, lar da Casa Bolton. Sua missão é forjar um motivo para a morte do mensageiro, que não como foi no Salão dos Grifos, e com isso amenizar qualquer tensão inicial, de modo que se acredite que Os Grifos aceitaram o acordo.
Angelina, Edric, Hendrick e Emma se reúnem e Angelina Joga as Cartas na Mesa: Os Grifos vão fazer o melhor Casamento do local, serão os melhores anfitriões para as Casas que estão por vir, e usarão a ocasião para fazê-los de aliados na Guerra.
Corvos são enviados da Montanha do Grifo para todas as Casas do Norte que não foram mencionadas como juradas aos Bolton, convocando para o lado dos Grifos do embate de tensão.
Um corvo foi enviado para os Corvos da Muralha.


O Corvo e o Caminho do Ninho do Grifo.

Simon estava cansado de ficar nas defesas da Torre Sombria, não entendera porque não fora enviado com a tropa do Comandante Jeor Mormont para além das muralhas em campanha. Quis o destino que sua batalha fosse de outro lado da Muralha.
Convocado por Meistre Aemon, Simon esteve em reunião no Castelo Negro com Drescher, subcomandante da Torre Sombria, o próprio Aemon, Samwell Tarly, intendente e ajudante pessoal de Aemon, e Lorde Vester, um misterioso e antigo Lorde do Norte.
Numa reunião histórica, Simon Rios de Sangue foi convocado por missão especial da Patrulha da Noite, mas para ser um corvo, ele precisaria deixar de ser um corvo. Pela primeira vez depois que a patrulha foi construída, os votos de um patrulheiro foram dissipados sem sua morte. Simon recebeu a liberação de ser um Patrulheiro, para que assim ele continuasse em missão para a Muralha: Organizar o Norte, uni-lo num estandarte e auxiliar a Muralha contra Os Outros.
Meistre Aemon e Samwell Tarly dali partiram para uma misteriosa viagem pelo Mar Estreito em missão. Drescher prosseguiu como um dos comandantes de defesa da Muralha.
Simon Rios de Sangue partiu para O Ninho do Grifo, com quatro corvos como ajudantes. E uma ajuda mais misteriosa ainda: Lorde Vester. Um druida, que aqueles sem muito conhecimento acreditam ser feiticeiro, bruxo, um dos mais antigos Lordes vivos, e que seria conselheiro de Simon na missão.


As Visões Verdes e Os Mortos Vermelhos

Emma Kasimir, filha mais nova dos Grifos, não parava de ter pesadelos enquanto aquela turbulência no Norte acontecia. Seu sonho era de uma espada flamejante cortando a cabeça de um corvo, dessa cabeça jorrando um rio de sangue que se tornava um lago, e no fundo do lago, guiada por Folks, sua águia companheira, Emma encontrava um rosto. Porém, Folks não era uma águia comum, mas um Grifo, como Emma logo reconheceu.
Seus sonhos contínuos levaram Emma até o Bosque com Lago, nos pés da Montanha do Grifo, e o Mestre de Caça e seu amigo, Jurgen, acompanhou-a.
Emma nadou ao fundo do Lago dos Grifos. Lá no fundo encontrou restos de um esqueleto e com ele um anel brilhante, quando o tocou ainda viu o esqueleto como se não fosse esqueleto, mas algo, ou alguém, uma coisa peluda, pequena, e estranha. Mas seu fôlego a fez voltar.
Emma ficou com seu anel, os dois voltaram.


O Estandarte de Sangue.

No decorrer da viagem da Muralha à Montanha do Grifo, Simon ainda conheceu Myrddin, ajudante de Lorde Vester. Uma mulher totalmente enfaixada e com uma máscara metálica escondendo seu rosto, visíveis apenas seus pés descalços, seus cabelos lisos e negros, e seus olhos amarelo-felinos.
Já próximo ao coração da Mata dos Lobos descansaram numa taverna de beira de estrada. Lá souberam que saqueadores da Casa Umber vinham numa tropa para dominar o local. Os Umber haviam declarado guerra contra todo o Norte, e agora eles seriam os Reis do Norte.
Mas Simon estava no meio do caminho. Simon lidera três dos corvos para que eles se dirijam até os três povoados mais próximos e convoque os plebeus para combater os saqueadores. E em um dia seus corvos – Bula, Kazimierz e Ibrakhim – conseguem convencer as lideranças dos povoados a se unir junto da espada de Simon Rios de Sangue.
Simon que esperara com outro corvo, Hokuto, e Lorde Vester e Myrddin, recebem os Plebeus Recrutados dos três povoados. Apenas um dos povoados de homens feitos e já vividos de combates, dos outros dois povoados apenas jovens que desconheciam a guerra. Um pouco antes do combate, Simon recebe palavras sem valor para qualquer um, mas poderosas para Simon. Algo que ele só entenderia ao término daquela batalha, pois Simon ainda não entendia muito Lorde Vester. Mesmo assim seguiu para a guerra, sentindo-se abençoado e pronto para desequilibrar o combate.
A alvorada do próximo dia nasce límpida, como se sorrisse esperando mortes em guerra. Num dia bom para guerra, Os Saqueadores se aproximam com seu líder Foerster, um comandante Umber pronto a tomar as terras. Simon ainda tentou alguma forma de diplomacia, mas estava claro que os dois homens estavam ali para matar aos montes, e não para duelar.
Na alvorada da Floresta Densa da Mata dos Lobos, plebeus revoltosos de serem saqueados se voltaram contra saqueadores de uma das maiores Casas Bárbaras do Norte, como falam os Sulistas ao se referir a Guerreiros Selvagens e Poderosos. Mas não eram simples plebeus, e liderados por Simon Rios de Sangue pareciam lidar com o combate sem se intimidar, chegando até a se mostrarem sempre melhores na batalha. Ali, todos os homens entenderam porque Simon tinha aquele segundo nome. Enquanto procurou Foerster no campo de batalha, enfrentou vários dos saqueadores, que o rodeavam tentando pará-lo no embate. Um verdadeiro círculo de vinte a trinta homens cercavam Simon, enquanto com sua Montante de Aço Valyriano ele decepava cabeças e com sua adaga furava olhos, em pouco tempo nove já estavam no chão, mortos. Em verdadeira intimidação sentida pelos saqueadores ao ver Simon lutar, o Líder dos Saqueadores deixa seu comando e parte para enfrentar aquele fedelho que se intrometia no seu caminho de se tornar um Lorde. Enquanto toda a guerra se passava e os corvos de Simon como comandantes ora conseguiam ordenar as unidades ora não, um círculo de homens, sejam saqueadores sejam plebeus, se formou para ver o duelo dos dois líderes. Um combate que se decidiu com apenas dois golpes. O primeiro do machado de Foerster, que apenas feriu a pele de Simon passando um pouco pela cota de malha, o bastante para deixar Simon furioso e fazê-lo desferir o golpe que decidiu a batalha. Com a Montante de Aço Valyriano empunhada numa única mão, coisa que apenas os mais fortes guerreiros do norte fazem, Simon dividiu o líder dos saqueadores em dois, cortando sua cintura. O sangue lhe banhou, feito um rio banha o mar, e Simon teve seu nome escrito em sangue no coração de todos que estavam naquela batalha.
Os Saqueadores Umber, ajoelhados, juraram lealdade a Simon, por ser o maior guerreiro que já viram em combate. Os plebeus juraram lealdade a Simon, pois sua espada lhes deu novas esperanças na vida.
Um Estandarte de pano sujo com um desenho de grifo feito com sangue foi erguido aos céus por aqueles quatrocentos homens e Simon os guiou para os seus destinos.
Seguiram para a Montanha do Grifo.


Os Grifos descem da Montanha

Longos dias de audiência no Salão dos Grifos mostram a Lady Angelina que não será fácil lidar com aqueles tempos, mas ela se mostra pronta a virar o jogo. Navios são prometidos aos homens do Porto, e “Dente-de-Dragão” irá construí-los assim que os recursos estiverem disponíveis. Estradas são prometidas a comerciantes. Tropas são destacadas para as minas. E dessa vez não era Lorde Frank que estava no Salão dos Grifos quando Uwe veio falar pela população, mas Lady Angelina Mão-de-Ferro. 
Angelina reuniu os nomes da casa dos Grifos, e assim desceram da Montanha do Grifo até a Vila dos Grifos nas planícies próximas.
Num momento histórico para a vila, em coisa que Lorde Frank nunca havia feito, Angelina, Edric, Emma e Hendrick passeiam pela Vila dos Grifos, e Angelina escuta de seu próprio povo seus anseios. Pela primeira vez ela descobre um novo mundo, coisa que ela não via dentro de seu belo Salão na Montanha: fome, miséria, tristeza, tragédia, doença, morte.
Enquanto isso, Hendrick conheceu uma moça bela, de uma beleza que não se vê naquelas terras, e misteriosa, pois nem seu nome conseguiu. Dos lábios da bela moça Hendrick teve beijos com gosto de maça e de seu corpo carícias com toque de seda. Mas nada mais. Apressada, aparentemente, logo ela teve de ir. Depois daquilo, Hendrick só a viu em sua lembrança, sem nem uma informação de como encontra-la novamente. Ela não era da Vila dos Grifos, se fosse ele saberia, é um povoado pequeno...
Edric e Hendrick recebem um mensageiro, e ele dizia que Simon Rios de Sangue estava em batalha na Mata dos Lobos contra saqueadores da Casa Umber, que se autointitulava Reis do Norte.
Edric envia Ulrich, comandante dos arqueiros, com cem homens para trazer seu irmão.


O Corvo, a Lady e o Grifo.

Enquanto Angelina estava tensa com a proximidade da Cerimônia de Casamento em que Os Grifos seriam anfitriões, o crime passou a diminuir com os esforços do comandante dos arqueiros, Ulrich. O comandante descobriu que saqueadores, bandoleiros e criminosos que aterrorizavam as terras dos grifos não usavam armas comuns, mas armas feitas em castelo, muito melhoradas e além das posses de homens como criminosos comuns. Após o arqueiro informar que nenhum mestre armeiro local conseguiu informar de onde vinham aquelas lâminas, disse que talvez só um mestre armeiro, um antigo amigo de sua família, poderia dizer onde aquelas lâminas eram produzidas. E Angelina envia Ulrich em missão à Cais Branco para descobrir quem está patrocinando o ataque de criminosos às Terras dos Grifos, e se possível, conseguir trazer o mestre armeiro para viver no Salão dos Grifos, ao lado de amigos.
Após receber essa missão, Ulrich cumpre a última missão em Terras da Casa e segue para buscar Simon, o último Grifo.
Em uma semana e quatro dias Ulrich retorna com Simon e seu exército. Após a partida do arqueiro em missão especial para Lady Angelina, a família se reúne e momentos tensos dominam a atmosfera.
Dos corvos enviados às casas do Norte sobre a tensão e a convocatória para ficarem do lado dos Grifos, apenas duas casas responderam. A Casa Manderly, uma das maiores casas do norte, solicitando que Lady Angelina vá às terras dos Manderly para conversarem pessoalmente em audiência. A outra resposta veio dos Flint do Dedo de Pederneira, e a resposta dizia apenas que eles se encontrariam em breve.
Em meio à situação tensa que se formava. O jovem Jurgen, Mestre de Caça e Tratador de Cães da Casa, escapa da morte pelas ordens de Lady Angelina e é ordenado a ir para as Minas, por ter nadado “nu” com Lady Emma. Edric e Simon conseguem reverter a situação e transformam Jurgen num patrulheiro e líder batedor. Simon tem uma conversa de irmão mais velho com o jovem plebeu e lhe informa que se ele conseguir ascender no exército, poderá se casar com Lady Emma. É nítido, ele fará o melhor possível.
Na mesma noite, noite de lua cheia. Hendrick e Angelina têm uma conversa de mistérios com Lorde Vester, aparentemente não ouviram o que gostariam de ouvir, mas ouviram o que precisavam ouvir, segundo o Druida. E após Myrddin terminar a confecção de alguma bebida estranha e negra, Lorde Vester solicita a Lady Angelina que coloquem uma cama no topo de uma das torres do Salão dos Grifos, com apenas o estrado de madeira da cama. Quando ele reúne lá em cima Hendrick, Angelina, Edric e Emma, solicita que amarrem Emma com correntes. Aguardam um pouco e Simon chega ao local. Todos estavam querendo saber o que Lorde Vester queria mostrar, mesmo sem acreditarem muito. Talvez ele fosse confirmar para que veio, já que havia informado a todos que o verdadeiro perigo eram Os Outros além da Muralha, e não se venciam Os Outros com guerras comuns, mas com a Magia que Westeros havia perdido com o esquecimento dos Deuses Antigos e com uma nova Era dos Heróis, como aconteceu há oito mil anos atrás.
A Lua Cheia chegara ao topo do céu, e estava estranhamente alinhada a Torre do Salão dos Grifos, e estranhamente iluminando o local da cama em que Emma estava acorrentada, que estava estranhamente no centro perfeito da circunferência da torre. Myrddin, a mulher de máscara que quando fala o som são de três vozes, abriu a boca de Emma e lhe deu a bebida negra e viscosa, que quando derramava da boca de Emma, retornava como se fosse gente, gota por gota.
“O Corvo me trouxe para o último Grifo... O último Grifo”, disse o velho druida, e os herdeiros sem entender, afinal, todos eles eram Grifos.
Lady Emma teve ataques, suas veias tentavam pular negras de seu corpo, um dos braços jorrou sangue, mas o ferimento cicatrizou quase que instantaneamente, enquanto as grades de madeira da cama quebravam com a tamanha força da jovem se contorcendo e sua águia Folks voava em círculos sobre a Torre.
Até o rasante. Até que Emma se acalmou e parou. Quando a águia desceu dos céus, já não era pequena. Eram quatro patas, e as duas traseiras eram de leão, assim como o dorso e um rabo, enquanto a fronte uma águia enorme. Todos estavam mais que surpresos, pela primeira vez viram um Grifo verdadeiro com seus olhos. O que era apenas lenda e história para criança, até mesmo para os nobres grifos que se orgulhavam da história exagerada de sua casa, estava ali, diante de seus olhos.
O Grifo quebrou as correntes de Lady Emma, que já não parecia como antes, em um mundo próprio dentro de sua doença mental, mas sã, como qualquer um.
“Você não morreu, querida, apenas trocou de pele. Seja bem vinda Lady Diana, ou melhor, a Lady Branca sem Nome”, disse Lorde Vester enquanto estava extasiado observando a cena. Hendrick já se ajoelhara cravando sua espada ao chão em homenagem ao animal mitológico símbolo da Casa. Simon deu dois passos e ajoelhando-se ofereceu sua espada como serviçal da Casa dos Grifos. Angelina estava pasma e surpresa, tremia por dentro, mas se manteve impecável com o nariz levantado enquanto experienciava a cena extraordinária. Edric sentiu o mesmo dos seus, mas não se ajoelhou e não se manteve impecável, saiu. Lorde Vester foi com ele, seguido de Myrddin, enquanto os outros ficaram na presença do Grifo.
“Onde estão os heróis?”, perguntou Edric. “Não está vendo nenhum? Se não está é porque você não é um. Mas, quando encontrar venha falar comigo, Lorde Edric. Mesmo que encontremos a Magia através dos antigos poderes e relíquias dos deuses antigos de Westeros, se não tivermos Heróis para a Era dos Heróis, seremos derrotados. Então, trate de encontrar o herói. Quando for procurar, olhe para dentro, e não para fora.”, disse Lorde Vester. Edric partiu. “Até logo, Edric, o guerreirinho de nada”, saudou Lorde Vester.
Diante da lua. Do Grifo. Do início do Jogo dos Tronos. Da indecisão entre ser corvo ou grifo. Do cavalgar de Edric para longe sentindo uma torrente de sentimentos que lhe confundiam e lhe tirava do seio dos Grifos, e da ida de Hendrick atrás de seu sobrinho. Findou-se aquele momento, aquela página, com um sorriso prateado de Lorde Vester.


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